Hoplita


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Hoplita (do grego hoplítes, pelo latim hoplites) era , na Era Clássica da Grécia antiga, um soldado de infantaria pesada. Seu nome provém do grande escudo levado para as batalhas: o hoplon. O Hoplita era o principal soldado grego da antigüidade. Sua armadura era composta de elmo, couraça (peito de armas), escudo e grevas. Carregavam uma longa lança ou pique e espada.


Os exércitos de hoplitas lutavam corpo-a-corpo em densas colunas, formação da falange, com a ponta das lanças de várias fileiras se projetando para fora da formação golpeando na altura do peito. Apresentavam um formidável bloco de lanças sustentado acima dos ombros. Na batalha, eles avançavam sobre o inimigo como se fossem uma parede de escudos, golpeando com suas lanças sobre os escudos. Os homens posicionados na parte de trás empurravam os que estavam na frente e golpeavam sobre eles. Essas aterrorizantes batalhas corpo a corpo normalmente eram curtas, mas fatais. Lutar em curta distância nessa formação requeria treinamento e disciplina que se tornaram um estilo de vida.


Antes da ascensão dos hoplitas, a maioria das batalhas envolvendo exércitos consistia em arco e flecha e posicionamento. Os gregos tornaram a guerra pessoal e intensa e os hoplitas, então os melhores soldados de infantaria do mundo, dominaram os campos de batalha antigos durante séculos até serem suplantados pelos mais flexíveis e funcionais legionários romanos.






macedonianphalanx.jpgFormavam parte de uma milícia citadina, armada como lanceiros e com uma formação de falange. Estes eram realtivamente fáceis de armar e manter, além de que podiam pagar o custo do armamento. Quasi todos os gregos conhecidos da Antiguidade lutaram como hplitas, incluindo filósosfos e dramaturgos.












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Desde a formação dos hoplitas como Milicia, não receberam ataques permanentes e as campanhas eram curtas. A excepção eram os guerreiros espartanos, que eram soldados especializados, e tinham as suas terras assignadas ás classes baixas que eram quem se encargavam delas enquanto os senhores estavam na guerra. Os exércitos marchavam directamente para cima do seu objectivo. Aí os defensores podiam esconder-se atrás das muralhas da cidade, nesse caso os atacantes deviam contentar-se fazendo estragos no campo; enquanto os primeiros também podiam decidir encontrar-se com eles no campo de batalha. As batalhas de então tendiam a ser decisivas. Eram curtas, sangrentas e brutais, pelo que se necessitava um elevado grau de  disciplina.





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Ambas as forças se alinhavam numa planície, com uma formação rectangular aproximada, ao redor de oito filas, ás vezes variava. As outras forças eram menos importantes; como os hippeis(cavalaria), que se situavam nos flancos, e tanto a a infantaria ligeira como as tropas que lançavam projécteis eram insignificantes. Os hoplitas mais conhecidos eram os hoplitas espartanos, que eram treinados desde criança no combate e na guerra, para convertê-los numa força de ataque suerior e excepcionalmente disciplinada.



História

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A formação hoplítica extendeu-se por toda a Grécia provavelmente desde 700 a 650 a.c.. Chama-se « revolução hoplítica>>. Esta datação é fundamentada numa passagem do livro «a Política» de Aristóteles, que evoca a substituição dos combatentes a cavalo pela falange hoplítica. Apoia-se na ausência da descrição de combates em massa em Homero. Agora bem, a Ilíada descreve combates de natureza hoplítica: há que considerar as ditas passagens como interpoladas? a evolução do armamento teve lugar nesta época. A couraça foi modificada, ao escudo acrescentou-se-lhe uma segunda correia permintindo um melhor assento. Embora, algumas melhorias remontam ao século VIII a.ac.: A tumba que tinha a «Couraça de Argos» está datada em 720 a.c..




As representações gráficas da guerra, por exemplo a cerâmica, não são necessáriamente concludentes: a represntação de duelos constitui uma convenção que simboliza uma batalha inteira como o combate de alguns hoplitas. Inversamente, o Vaso dos Guerreiros de Micenas, datado de 1120 a.c., mostra filas de soldados de infantaria pesada com escudos redondos e recortados, levando couraças de couro e de metal.






A passagem de Aristóteles da evolução política que interviu nas cidades do século VII a.c. A incorporação dos não nobres nas fileiras dos hoplitas, e o treino regular requerido para poder efectuar as em formação deu á classe média um sentido de coesão que teve importantes consequências políticas: os cavaleios, hippeis(Ἱππείς), perderam o seu pretígio e os hoplitas passaram a jogar um papel decisivo nas batalhas, o qual reclamava uma maior participação no governo da Polis. Esta classe social participou activamente na defesa da cidade, tinha lógicamente a palavra quando se tratava de partir para a guerra. Para mais, a solidaridade nascida nos combates e campanhas perdurava nos debates políticos. A Classe Média adquiriu também um poder de decisão em outros domínios da vida política nas Polis democráticas. A armadura dos hoplitas difundiu-se na Etruria e em  Roma até finais do século VII a. C.


Equipamento



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Os hoplitas armavam-se geralmente pouco antes da batalha, pois o seu armamento era muito pesado: o peso total da armadura hoplita estava entre os 22 e os 27 Kilogramas. Cada homem tinha o seu próprio equipamento que não era uniforme no exército. Como resultado da não existência de um equipo comum, as tropas amigas não se reconheciam. Típicamente, um hoplita tinha uma couraça(θώραξ, thốrax) de bronze que reproduzia a forma dos músculos do torso, um capacete (κράνος, krános) de bronze com proteção para as bochechas, mais um escudo de forma circular chamado aspis, que media um metro de diâmetro. Também se podia chamar hoplon. O aspis (ἀσπίς, aspís) era um escudo feito de madeira ou bronze. Era muito pesado(de 8 a 38Kg) . Na cultura militar espartana, tirar o aspis de um soldado era inadmisivél. Se dizia« Volta a casa com este escudo ou sobre ele».




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          Hoplita Espartano






Cada grego hoplita tinha uma armadura diferente, fieta á medida, e no escudo colocava os simbolos da sua familia. Pelo contrário, os espartanos tinham o mesmo uniforme e a letra grega chamada (Λ) em seus escudos, em referência á sua terra de origem, Lacedemonia(Esparta). Cada espartano levava uma toga escarlate, apresentando-se como espartano, mas esta capa nunca se usava em combate. o desenho dos capacetes variaram com o tempo:


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  • O capacete coríntio era o capacete standard, e era o que tinha mais êxito. Entre os espartanos este estava reservado para os líderes e chefes de filas, apesar de outras cidades acontecer o contrário.
  • O capacete trácio tinha uma grande viseira na frente, que protegia a cara. Todos os capacetes eram feitos de bronze.
Em períodos posteriores utilizaram-se couraças de linho chamadas linotórax, já que eram mais resistentes e baratas de fazer. Tinha 0,5 cm de linho mais largo. A arma primária era a lança que tinha por  volta de 2,7 m de comprimento chamada doru (δόρυ, dóry). Os hoplitas também levavam uma espada curta chamada xifos (ξίφος, xíphos). A espada curta era uma arma secundária, para ser utilizada em caso de quebra da lança. Também , se o inimigo se retirasse, tiravam a espada e o escudo, e depois iniciavam a perseguição. Protegiam as suas pernas com umas grevas, denominadas cnémidas (κνημῖδες, knêmĩdes). Todas as armas e armaduras eram principalmente feitas de bronze.


O equipamento era muito caro, assim somente os ricos podiam permitir-se ser hoplitas. Os soldados , em certas ocasiões, herdavam o equipamento dos seus pais e avós. Se o soldado era suficientemente rico, podia comprar um cavalo e assim servir na cavalaria regular, chamada de hippeis, ou na cavalaria preparada para escaramuças, chamada Hippakontistai(lançadores de  lanças montados). Em algumas Cidades Estado, era obrigatório servir durante 2 anos como soldado. Mas , desde logo, deviam comprar as suas armas e equipamento.




Depois dos anos de serviço, podia continuar a sua carreira militar ou ganhar a vida com outra profissão. Mas na cultura espartana, cada cidadão tinha que ser um soldado, já que os hilotas faziam os seus trabalhos e cultivavam os seus campos.Cada espartano tinha uma quinta trabalhada por hilotas. cada soldado obtinha uma pensão e benefícios.




Como contraste, cabe destacar a otra infantería contemporánea, que solía llevar una armadura más ligera y lanzas más cortas, jabalinas o arcos. El escudo mediano del hoplita permitía ser apoyado en el hombro. En formación, los escudos eran superpuestos de manera que defendiesen el lado izquierdo de su dueño, y el derecho del vecino. Es un tema de discusión para los historiadores si los hoplitas usaban la lanza por debajo o por encima del brazo.


Tácticas





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A força dos hoplitas estava no combate surpresa. Os exércitos chocavam com a esperança de romper ou rodear a linha inimiga. Ao não ser possível, a batalha convertia-se numa série de empurrões, com a rectaguarda tentando que a vanguarda penetre a linha inimiga. Esta manobra era conhecida como othismo. As batalhas raramente duravam mais de uma hora. Uma vez que uma das linhas se rompia, os vencidos escapavam do campo de batalha, seguidos pela cavalaria ou os peltastas. Se um hoplita escapava, em certas ocasiões obrigavam-no a deixar o seu volumoso aspis, e caía em desgraça para a sua família e amigos. As baixas eram leves comparadas com as batalhas comuns e raramente superavam os 5% no bando perdedor, mas nestas baixas podiam figurar os cidadãos mais importanyes e os generais que lideravam a vanguarda.




Para ele,toda a guerra podia ser decidida em uma única batalha; a victória reforçava-se com o resgate pago aos venderoes pelos vencidos. Os espartanos nunca fugiram da batalha, pelo contrário, lutavam até á morte.




Um hoplita em formação estava protegido pela metade direita do seu escudo(levado no braço esquerdo) e pela metade esquerda do escudo do homem á sua direita. Por isso o homem do extremo ireito da falange estava apenas protegido a meio. Na batalha, as falanges opositoras exploravam a sua debilidade dirigindo-se ao flanco direito do seu inimigo.




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A formação do hoplita chamava-se falange. Os soldados mais fortes estavam á direita. Numa falange havia uma série de fileiras, e os líderes de cada uma delas estava localizado á direita. Havia um instructor veterano na rectaguarda mantendo a ordem. Até ao século VIII a.C., os soldados lutavam "por livre", pelo que as batalhas se baseavam no heroísmo. A chave da batalha estava em golpeá-los com o hoplon dos hoplitas e apunhalar o inimigo na cara e no torso. A principal debilidade das tácticas era o limitado uso combinado de armas, com arqueiros ou tropas ligeiras usados escassamente. Os ilotas acompanhavam normalmente os espartanos na batalha, montando os acampamentos ou fazendo tarefas para os espartanos. As formações e tácticas variavam no tempo e nas cidades.




Um dos primeiros problemas com a formação dos hoplitas era a incapacidade de marchar a direito quando entravam em combate. Isto era causado pela tendência normal dos soldados de acercar-se o máximo ao vizinho(e por tanto ao seu escudo) para estarem bem protegidos. Isto conta Epaminondas de Tebas no inicio do século IV a.C. A inovação foi treinar os hoplitas para marcharem em diagonal. Antes disso, somente os espartanos tinham conseguido marchar em linha recta, mas graças a intensos anos de disciplina e treino.


Ascenção e Queda



zpage204.gifA ascensão e queda dos hoplitas na guerra estava íntimamente ligado com a ascensão e queda da Cidade-Estado. Durante as Guerras Médicas, os hoplitas eram obrigados a correr atrás dos arqueiros, para envolve-los numa luta corpo-a-corpo, onde venceriam; além de que na Guerra do Peloponeso, tropas armadas com projecteis como foi o caso dos Peltastas se foram tornando  progressivamente mais dominantes. Como resultado, começaram a levar para os combates menos armadura, espadas mais curtas e em geral acostumaram-se a uma maior mobilidade, o que conduziu ao desenvolvimento dos ekdromoi, os hoplitas ligeiros. De todo o modo os hoplitas entraram em decadência, houve três grandes batalhas na Guerra do Peloponeso e nenhuma resultou decisiva. Como consequência icrementaram-se as muralhas, os mercenários, a marinha, a maquinaria de assalto, etc.



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Estas reformas tornaram possível as guerras de desgaste e aumentaram o número de baixas nas batalhas. Muitas destas reformas foram combinadas pelo brilhante General Epaminondas, cujas tácticas eram a base da falange de Filipo II da Macedónia, usada como um suplemento da cavalaria. Estas forças venceram o último grande exército dos hoplitas na batalha de Queronea(338 a.C.),por causa disso Atenas e os seus aliados uniram-se ao Império Helénico estas melhoras conduziram á ascensão dos mais versáteis exércitos macedónios.



Legado


O estilo de guerra hoplita foi praticado também ao redor de todo o mar Mediterrâneo. Como nota particular, os Etruscos lutavam como milicias, algo adoptado das colónias gregas da magna Grécia. Os Romanos desenvolveram a formação hoplitica, da qual deriva a Legião Romana, que dominaria a história militar ocidental durante centenas de anos.

Fonte: http://www.enciclopedia.com.pt


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