Revista História da Biblioteca Nacional
Aula de Guerra |
Grupo faz reconstituição de batalhas gregas em plena Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio |
Claudia Bojunga |
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imagem obtida do site do grupo Ancient Battles
Com espadas e lanças em punho – protegidos por suas armaduras e elmos –, eles se enfrentam: de um lado, frígios e persas; do outro, gregos. Só que esse conflito, que realmente ocorreu entre 600 a.C e 400 a.C, acontece em um cenário bastante inusitado: a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. É lá que um grupo de cerca de 20 pessoas se reúne todos os sábados para fazer a reconstituição de batalhas da Antiguidade.
Tudo é baseado em uma pesquisa rigorosa que busca reproduzir desde a forma de lutar dos antigos até o figurino desses militares. Quem ensina a arte da guerra é Andria Pivcevic, idealizador do grupo, que tem experiência em artes marciais e pesquisa o assunto há 25 anos. Todos passam por um treino individual para aprender o manejo das armas antes de participarem de qualquer embate. Andria ressalta que não se trata de um jogo: “Fazemos um treinamento militar o mais parecido possível com a realidade”, afirma. Por medida de segurança, as armas são de madeira e as lanças têm ponta de borracha. “Era assim também que os antigos treinavam”, explica.
Como não existe um manual com técnicas de armas e batalhas da época, eles consultam autores clássicos, como Heródoto (484-420 a.C), Tucídides (465-395 a.C) e Xenofonte (430-355 a.C). Andria também busca informações em instituições de referência: sempre que viaja, visita museus, como o British Museum, em Londres, e o Musée de L’Armée, em Paris. “Os livros dão a movimentação geral dos exércitos; em frisos e baixos-relevos, é possível ver as posturas dos militares nas batalhas”, observa.
A preocupação com a fidelidade é tanta que as armas, apesar de não serem de metal, são confeccionadas com o mesmo peso que teriam as originais. As roupas, feitas à mão, são do mesmo material que os militares utilizavam há mais de 2.500 anos. As armaduras são de latão e couro, assim como os elmos, com o detalhe de que a crina colocada no topo destes é de cavalo. “O couro é enrijecido com cera de abelha e verniz natural. Só a espuma do interior do elmo é sintética. Antigamente, colocavam esponja do mar”, conta Andria.
Durante as batalhas, Bruno Pontes, de 22 anos, é um dos representantes do povo frígio. Ele explica como tudo funciona: “Recebemos um problema e temos que cumprir um objetivo. Uma vez, na Floresta da Tijuca, tínhamos que defender uma passagem entre a ponte e um rochedo. Minha função, como chefe de coluna, era dar o tempo da movimentação aos outros”.
Os interessados em assistir à reconstituição de batalhas antigas podem acessar
www.ancientbattlessociety.com. |
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Tomeu conhecimento do grupo "Ancient Battles" a pouco tempo, mas o suficiente para que acessando o site do grupo ter ótimas e novas idéias para o ambiente escolar. Deixando claro que não é necessário reconstituir as batalhas com os alunos e qualquer iniciativa de produção de armas de época terá como matéria-prima o "isopor" e uma longa conversa sobre o intuito e objetivo da atividade. hehehehe... (Alguém assistiu o filme Escola da Vida? Lembram da Revolução no pátio da escola?) Rs...Esse tipo de prática pedagógica motiva muito os adolescentes.
Acredito que a melhor forma de estimular o saber é por meio da prática, seja ela de forma tão fidedigna como o grupo trabalha, ou de uma maneira mais lúdica, não deixando, claro , que de lado, a responsabilidade de repassar informações verídicas.
Então, fica aí galera a indicação do site e esta breve informação sobre o grupo.
Abaixo um vídeo do "ANCIENT BATTLES":
"Respeito e Honra"
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