Pátio Terço
Evocação a ancestrais em Noite dos Tambores Silenciosos
Publicado em 14.02.2010, às 16h12
Do JC OnlineO babalorixá Tata Raminho de Oxossi é responsável pelo ritual
Foto: Beto Figueirôa/ JC Imagem/ Arquivo
Reduto da cultura negra, o Pátio do Terço, no bairro de São José, Centro do Recife, recebe por mais um ano a Noite dos Tambores Silenciosos, quando a magia do candomblé invade a programação carnavalesca do Recife. Da Segunda para a Terça-feira de Carnaval, à meia-noite, o silêncio vai reinar absoluto em plena balbúrdia de Momo.
A partir das 20h, 24 nações de maracatu de baque virado participam da cerimônia, um verdadeiro culto aos antepassados africanos. A marcha dos dançarinos durante a festa, que reúne reis, rainhas, damas do paço e toda a corte real, acompanha a batida dos tambores dos batuqueiros.
Para garantir que as futuras gerações não abandonem esta tradição, no fim da tarde, a partir das 17h, é realizada a apresentação dos Tambores Silenciosos Mirim, com maracatus de nove nações, formados apenas por erês (crianças, na língua iorubá).
A apoteose acontece à meia-noite, quando todas as luzes do Pátio do Terço se apagam - a escuridão lembra o sofrimento dos escravos mortos. Nesse momento, os maracatus são liderados por tochas até a porta da Igreja que fica no pátio.
O silêncio é quebrado pelo rufar dos tambores. O babalorixá Tata Raminho de Oxossi, responsável pelo ritual, alinha os batuqueiros e rege um coro de mães-de-santo que rezam com ele aos eguns (antepassados), evocando ancestrais de tradicionais nações nagô, como Sinhá, Iaiá e Badia.
A partir das 20h, 24 nações de maracatu de baque virado participam da cerimônia, um verdadeiro culto aos antepassados africanos. A marcha dos dançarinos durante a festa, que reúne reis, rainhas, damas do paço e toda a corte real, acompanha a batida dos tambores dos batuqueiros.
Para garantir que as futuras gerações não abandonem esta tradição, no fim da tarde, a partir das 17h, é realizada a apresentação dos Tambores Silenciosos Mirim, com maracatus de nove nações, formados apenas por erês (crianças, na língua iorubá).
A apoteose acontece à meia-noite, quando todas as luzes do Pátio do Terço se apagam - a escuridão lembra o sofrimento dos escravos mortos. Nesse momento, os maracatus são liderados por tochas até a porta da Igreja que fica no pátio.
O silêncio é quebrado pelo rufar dos tambores. O babalorixá Tata Raminho de Oxossi, responsável pelo ritual, alinha os batuqueiros e rege um coro de mães-de-santo que rezam com ele aos eguns (antepassados), evocando ancestrais de tradicionais nações nagô, como Sinhá, Iaiá e Badia.
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